O verão de 2014 foi marcado por muito calor e falta de chuva, o que trouxe prejuízos para a agricultura, para o setor de energia e também grandes problemas para o abastecimento de água. Se analisarmos os fatos está mais do que na hora de agirmos, mudar os hábitos pois estes prejuízos são na verdade a colheita do que nossa espécie vêm plantando. A Terra é finita e a tecnologia não pode resolver os seus "problemas" só que nem todos querem enxergar esta verdade, nas possíveis conseqüências de uma gradativa elevação das médias térmicas no planeta. Pela primeira vez na sua história, o homem começa a enxergar a possibilidade do fim de sua espécie, porém conscientemente continua rumo a sua auto-extinção. Os impactos ambientaispassam a atingir todas as pessoas, sem distinção de cunho econômico, social ou cultural: atingem indistintamente homens e mulheres, ricos e pobres, operários e patrões, negros e amarelos, desenvolvidos e subdesenvolvidos, capitalistas e socialistas, liberais e conservadores. Não há mais refúgio seguro.
O outono começou oficialmente hoje, 20 de março, às 13h57, hora de Brasília. Esta estação se caracteriza por ser uma época de transição entre os extremos de temperatura verão-inverno. Costumo pensar que, se prestarmos mais atenção aos detalhes da natureza, perceberemos que cada estação do ano traz mensagens e convites específicos. No entanto, de certa forma não conseguimos enxergar esses sinais pois não nos vemos parte integrante do meio ambiente conforme somos. Então pensem: qual é a principal imagem que lhe vem à mente quando pensa em outono? É provável que a maioria responderá a essa pergunta lembrando da clássica imagem das árvores perdendo suas folhas. Mas você sabe por que acontece essa perda? Se as árvores não as deixassem ir, não sobreviveriam à próxima estação. As folhas se queimariam com o frio do inverno e, assim, os ciclos de respiração da árvore seriam prejudicados podendo resultar n fim da vida. Assim, a natureza nos mostra mais uma vez a beleza de sua sabedoria: é preciso entrega, é preciso deixar ir o que não serve mais, para proteger o que é mais importante. O que a princípio pode parecer uma perda é na verdade um ganho: ela ganha mais tempo de vida, e chega renovada às próximas estações. Reflita a partir disso, o que você precisa deixar ir, do que você precisa abrir mão para crescer, para seguir e ajudar a raça humana a seguir firme para os próximos ciclos?
Imagem da Estação Ecológica de Arêdes. |