Sejam bem vindos ao blog da Estação Ecológica de Arêdes ! Aqui Você acompanha o que acontece na Unidade de Conservação situada no município de Itabirito e ainda participa de vários assuntos voltados a importância de conservar o nosso patrimônio natural e histórico cultural.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

A CARTA MAXALALAGÁ...


Ave maxalalagá (Micropygia schomburgkii). Imagem da internet. 



Carta Maxalalagá

A maxalalagá (Micropygia schomburgkii) é uma diminuta ave pertencente à família Rallidae, da qual fazem parte as saracuras e os frangos-d’água. Contudo, apesar do seu estreito parentesco com estas aves paludícolas, que geralmente habitam brejos e alagados, a maxalalagá prefere áreas secas e com capim nativo, principalmente os campos típicos do bioma Cerrado. Devido ao seu pequeno tamanho – mede apenas 15 cm – e hábitos crípticos, é uma ave raramente vista, passando facilmente despercebida na paisagem, uma vez que a maneira mais fácil de realizar sua identificação é através do seu canto característico. Talvez por isso tenham se passado tantos anos sem que ninguém notasse sua presença na região de Itabirito. Em Minas Gerais, esta ave era conhecida somente das regiões do Triângulo Mineiro e da Serra da Canastra, e apenas recentemente (2012) foi descoberta no Quadrilátero Ferrífero.
Ultimamente tem crescido o número de registros da maxalalagá nesta região, um fato animador, tendo em vista que a espécie é considerada “em perigo” de extinção no estado de Minas Gerais. Estes novos registros podem ter relação com o aumento do conhecimento da biologia e vocalização da espécie por parte dos biólogos, como também pode refletir um aumento da atenção dada aos campos nativos de Cerrado, originalmente negligenciados – a maior parte da população vê tais áreas como meros pastos - e que tem se tornado cada vez mais raros e ameaçados no Quadrilátero Ferrífero, a despeito do seu comprovado valor ecológico. Não somente a maxalalagá habita tais campos, como inúmeras outras aves ameaçadas de extinção e extremamente raras na região, como o tico-tico-de-máscara-negra (Coryphaspiza melanotis), o caminheiro-grande (Anthus nattereri), o papa-moscas-do-campo (Culicivora caudacuta), a corruíra-do-campo (Cistothorus platensis), além de mamíferos como o logo-guará (Chrysocyon brachyurus) e a raposinha (Lycalopex vetulus).
Dentre as áreas que ainda possuem remanescentes relevantes de campos nativos (i.e. campos limpos, campos sujos e cerrado ralo) no município de Itabirito, destacam-se a Estação Ecológica Estadual de Arêdes (EEE Arêdes) e o Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda (MNE Serra da Moeda). Embora estas unidades de conservação ainda possuam algumas áreas importantes para a conservação das espécies supracitadas, as pressões antrópicas do entorno tem crescido em tons alarmantes. A expansão urbana desordenada e a forte presença de mineradoras na região são uma grande ameaça para a sobrevivência das aves e demais animais associados a este tipo de vegetação que está desaparecendo rapidamente. Não fosse o bastante, em tempos recentes tem surgido uma nova ameaçada para os campos de Cerrado no entorno da EEE Arêdes e MNE Serra da Moeda: a Silvicultura. Diversos plantios de eucaliptos (Eucalyptus sp.) tem surgido na área de forma desordenada e a uma velocidade impressionante (Figura 1), sem qualquer tipo de planejamento e licenciamento. A substituição dos campos nativos por eucaliptais diminui o habitat disponível para as espécies e impede o deslocamento das mesmas entre os fragmentos remanescentes, podendo gerar a extinção local de diversas populações. Estas atividades devem ser vistas com extrema cautela e alvo de melhor planejamento no futuro, visando à conservação dos animais e habitats tão ameaçados que ocorrem no entorno da EE Arêdes e do MNE Serra da Moeda. Assim, as gerações futuras poderão lembrar da maxalalagá como um símbolo de preservação da região, e não como mais uma espécie que entrou para a lista das extintas.

Figura 1. Avanço desordenado dos plantios de eucalipto (Eucalyptus sp.), indicados pelas setas amarelas, no entorno da Estação Ecológica Estadual de Arêdes, Itabirito, MG. Fonte: Google EarthTM.


Esta é uma iniciativa dos participantes da Semana Florestal, promovida pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF, em 04 de outubro de 2016, realizado no auditório do IFMG, município de Itabirito, que em plenária, aprovaram – às vésperas do “Dia da Ave” – a presente Carta, destinada às autoridades municipais e solicitando a atenção da Promotora de Justiça, como forma de alerta e preocupação à existência de um grande número de projetos de lei tramitando na Câmara Municipal para mudar o Plano Diretor e a Lei de Uso e de Ocupação do Solo e que representam uma ameaça a preservação das áreas de campo nativo.

terça-feira, 3 de maio de 2016

DIA DO SOL

Hoje, dia 03 de maio, comemora-se o Dia do Sol, uma data voltada para a valorização dessa importante estrela que possui profunda relação com a sobrevivência de todas as espécies de seres vivos da Terra. 

Imagem da internet.


Sol é uma estrela de aproximadamente 4,5 bilhões de anos que não faz parte de nenhuma constelação. Ele está localizado a aproximadamente 150 milhões de quilômetros da Terra e é extremamente quente, atingindotemperaturas entre 6 mil e 15 milhões de graus Celsius. A luz solar é a fonte de energia de todos os seres vivos, sem a qual seria impossível sobreviver. Inicialmente as plantas usam a luz solar em um processo conhecido como fotossíntese, que transforma a energia luminosa em energia química. Essa energia é captada pelos seres que se alimentam dos produtores e, posteriormente, é passada para os consumidores secundários e assim sucessivamente por toda a cadeia alimentar. 

Imagem da internet.

Além de fornecer energia, o Sol exerce outro papel de total relevância, que é aparticipação no ciclo da água. Ele fornece calor suficiente para que a água evapore e os seres vivos transpirem, atuando ativamente na formação das nuvens e, consequentemente, no regime de chuvas. O Sol desempenha também papel econômico, podendo ser utilizado como fonte de energia alternativa. Diferentemente dos combustíveis fósseis e das hidrelétricas, a energia solar não causa danos ao meio ambiente e é uma fonte abundante de energia limpa e renovável. Além das importantes funções ecológicas e econômicas, o Sol também possui um papel essencial na sobrevivência dos seres humanos. É através da exposição solar, por exemplo, que conseguimos produzir a vitamina D, uma substância que fortalece nossos ossos e atua no nosso sistema imunológico.
Imagem da internet.


quarta-feira, 20 de abril de 2016

A fauna de Arêdes # 5 Campainha-Azul

Imagem do Campainha-Azul, na Estação Ecológica de Arêdes. (Foto: Luiz Gabriel Mazzoni).

Nome Científico: Porphyrospiza caerulescens.

O campainha azul é uma espécie particularmente comum nos campos rupestres ao longo da Serra do Espinhaço, faltando por completo nas áreas de campo de altitude da Serra do Mar e da Mantiqueira (Vasconcelos & Rodrigues, 2010). Nos cerrados do Brasil central em áreas onde os campos rupestres não são encontrados, o campainha azul é geralmente observada nos cerrados rupestres, faltando por completo nas áreas de cerrado típico sobre solos não rochosos, ou em outras fitosionomias mais densas. (Lopes, 2012). Ocorre na Bolívia e Brasil, do Maranhão a sudeste do Pará, Piauí, Bahia, oeste de Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso. Habita áreas de cerrado aberto com pedras e capim ralo (Sick 1997).



Distribuição geográfica da espécie no Brasil. (IBGE)

Durante a reprodução o macho canta em um poleiro próximo ao ninho para delimitar o território.O ninho é em forma de cesto baixo, confeccionado exclusivamente com folhas e hastes florais de gramíneas a poucos centímetros do chão, em meio a arbustos, medindo cerca de 80 milímetros de diâmetro externo e profundidade de 50 milímetros. O ovo é de formato ovóide e mede cerca de 20,4 x 15,4 milímetros. Apresenta coloração creme rosada clara, com algumas poucas e esparsas manchas marrom claras e outras marrom enegrecidas ao redor do polo rombo. O período de incubação é de 14 dias e apenas as fêmeas incubam, mas tanto machos quanto fêmeas se revezam na alimentação dos filhotes (Lima & Buzzetti, 2006).  Na Estação Ecológica de Arêdes o Campainha-Azul foi registrado pela ultima vez nos levantamentos para o Plano de Manejo da Unidade. A espécie é vista em regiões de maior altitude da Estação Ecológica de Itabirito.  


Fontes: sites wikiaves e IBGE.





quarta-feira, 23 de março de 2016

Mensagem da Mãe Natureza. Pelas florestas, pelas águas, pela vida!

Olá companheiros da conservação! Assistam ao vídeo produzido pela equipe da Estação Ecológica de Arêdes, que contém imagens da  Unidade de Conservação de Itabirito - MG.

sexta-feira, 11 de março de 2016

A Hora do Planeta 2016 !

Olá pessoal ! A "Hora do Planeta" deste ano será no sábado dia 19 de março, e nós da Estação Ecológica convidamos a todos para participar deste movimento. Ano passado o evento realizado pela ong WWF aconteceu em 28 de março e bateu o recorde de participação de cidades brasileiras com a adesão de 185 municípios, incluindo todas as capitais e o Distrito Federal

Vamos todos participar, use seu poder !

Imagem site WWF.


Fonte: Site WWF.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A fauna de Arêdes # 4 A Onça Parda


Foto de Onça Parda. (Imagem da internet).
Nome Científico - Puma Concolor.

É o maior membro da subfamília Felinae, medindo até 155 cm de comprimento, sem a cauda, e pesando até 72 kg, com porte semelhante ao do leopardo (Panthera pardus), sendo o segundo maior felídeo das Américas. Possui coloração variando do cinzento ao marrom-avermelhado, com a ponta da cauda de cor preta, áreas laterais do focinho e ventre de cor brancas. Os filhotes nascem com manchas escuras na pelagem, que geralmente persistem até 14 semanas de idade. Possui as mais longas patas traseiras dentre os felinos. Vivem em média, entre 7,5 e 9 anos de idade.   

Imagem da internet.

                                                  

 A Onça parda já foi extinta em grande parte de sua distribuição na América do Norte e em algumas localidades das Américas Central e do Sul. As principais causas disso são a caça, seja por esporte ou retaliação por ataques ao gado, fragmentação e destruição do habitat, e em áreas muito populosas, atropelamentos. A única população que resta no leste dos Estados Unidos está na Flórida e é um bom exemplo dos efeitos deletérios do isolamento populacional. Apesar disso, existe uma tendência de recolonização do centro-leste norte-americano. 


Imagem da internet. 
Na Estação Ecológica de Arêdes, já foram encontrados rastros da onça parda, atravez de pegadas e fezes. O rastro mais rescente avistado na Unidade de Conservação de Itabirito foi em dezembro de 2015, onde observou-se pegadas do bichano próximo a um curso d'água da Estação.   

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Em 2016 mais amor e menos terror, pois quem ama guarda menos lama!

Foto de Orquídea registrada dia 05/01/2016, na Estação Ecológica de Arêdes.
Olá a todos mais uma vez! E se foi mais um ano!! E nós aqui da Estação Ecológica de Arêdes gostaríamos de desejar que em 2016, vocês prosperem de forma sustentável de verdade. Melhor que desejar apenas um próspero ano novo, é desejar um sustentável ano novo. Que todos consigam realizar seus sonhos e objetivos mas sem se esquecer do impacto na vida do próximo, no meio ambiente e no futuro dos nossos filhos.
Gostaríamos de agradecer a todos que ajudam de alguma forma na proteção da Unidade de Conservação de Itabirito, e também, a todos que se preocupam realmente com a causa da preservação do patrimônio natural e histórico: obrigado por estarem conosco nesta jornada. Muitos são os capítulos na nossa vida, porém, grande beleza desta história está nas personagens, como vocês, que se mantêm sempre presentes iluminando essa jornada. Que as realizações alcançadas em 2015, sejam apenas sementes plantadas, que serão colhidas com maior sucesso a cada ano novo!  
Imagem da internet. (Blog Faunashouse).

"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
                                 (Chico Xavier)