Interação dos parceiros em uma das áreas do C.A.R.A. (Complexo Arqueológico de Aredes) |
Olá amigos da natureza e da cultura !
As atividades em prol da preservação da região de Aredes continuam e a cada dia, mais pessoas estão aderindo a esta causa, por conhecer os vários atributos que
existem nesta bela região de Itabirito. No último dia 28 foi realizada, pelo Observatório de Leis ambientais
(Lei.A), oficina de midiativismo no distrito de São Gonçalo do Bação e
visita guiada na região do complexo arqueológico de
Arêdes, que contou com a presença de moradores,
ambientalistas e funcionários da Estação Ecológica de Arêdes.
Avistando a lagoa a partir da fundição |
Foram realizados debates, atividades
voltadas a preservação ambiental e cultural e uma visita guiada até as ruínas
do complexo arqueológico de Arêdes na Estação Ecológica. Todos puderam aprender
técnicas de fotografia e comunicação voltadas a mobilização social. A própria comunidade vêm se
movimentando e aumentando seu envolvimento cada vez mais com a região de Aredes
e suas riquezas naturais e culturais!
Conhecendo a relevância histórica de uma das lembranças do início da formação de Itabirito |
Nas redes sociais você também pode
manifestar seu apoio em defesa da unidade de conservação.
-link assembléia (vote a favor da conservação!)
Situação atual da tentativa de
desafetação
Em relação a manobra que tenta
desafetar descaradamente uma área já definida como prioritária para
conservação, algumas ações vem sendo tomadas e demonstram a tamanha importância
dessa região de Itabirito e que abriga riquezas naturais únicas bem como
vestígios do final do século XVII e início da formação do município de
Itabirito, entre elas, estruturas como a primeira capela conhecida de São
Sebastião.
Ações:
* O conselho consultivo da Estação
Ecológica Estadual de Arêdes, composto por entidades e empresas da região aprovou
uma moção onde solicita que seja designado relator para o
Projeto de Lei nº 4940/2018, protocolado em 22 de fevereiro de 2018, junto às
Comissões de Constituição e Justiça e Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável, para posterior votação junto ao Plenário desta Assembléia
Legislativa.
* O ICOMOS, o
Conselho Internacional de Monumentos e Sítios, é uma organização não
governamental global associada à UNESCO, durante sua assembléia geral, realizada em 25 de abril, o Icomos
Brasil decidiu enviar ao governador de Minas Gerais, aos deputados estaduais e
ao Ministério Público Estadual uma moção alertando para as graves consequências
da alteração dos limites da Estação Ecológica de Arêdes. Segundo a moção,
tal mudança na área da estação foi realizada sem a transparência e o diálogo
necessário e também foi desprovida de qualquer avaliação técnica, o que coloca
em risco o patrimônio arqueológico e natural. Segundo o presidente do Icomos
Brasil, Leonardo Barci Castriota, “a moção representa a preocupação do Icomos
para que esse patrimônio natural e cultural não seja descaracterizado”
* O Ministério Público do Estado de
Minas Gerais ajuizou Ação Civil pleiteando o reconhecimento do Conjunto
Arqueológico de Arêdes como área especialmente protegida, dada sua relevância
para a história de Minas Gerais. O MPMG pediu urgência na implementação
de medidas para a proteção da unidade, que abriga um significativo conjunto de
ruínas de construções do início do Cilco do Ouro e vários outros vestígios histórico-arqueológicos
(canais, catas, muros de contenção) permite considerá-la como um importante
complexo arqueológico, apresentando ainda, grande potencial para estudos e
pesquisas.
* Além da declaração do valor
cultural e o reconhecimento do conjunto como área especialmente protegida, o
Ministério Público requer também na ação que o município de Itabirito fique
impedido de expedir qualquer autorização que acarrete a deterioração do local.
* A pedido do Ministério Público
de Minas Gerais (MPMG), a Justiça concedeu tutela de urgência proibindo a
prática de atos que destruam, inutilizem ou deteriorem o Complexo Arqueológico
de Arêdes, localizado em Itabirito, cuja área está definida em dossiê de
tombamento elaborado pelo município. A decisão determina ainda que o município
não expeça qualquer autorização, licença ou anuência para essas
práticas. A decisão foi proferida em Ação Civil Pública (ACP) proposta
pelo MPMG contra o município de Itabirito, com o objetivo de preservar a área
de 1.196,63 hectares, que abriga um patrimônio arqueológico de relevância
atestada pela Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico
e da Central de Apoio Técnico do MPMG e pelo Instituto Estadual do Patrimônio
Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG).
Interior de uma das casas. |
E assim continuamos juntos em prol da conservação, e na luta pela reintegração da área conforme os limites reais estabelecidos da Estação Ecológica de Arêdes, que foram assim definidos após anos de planejamentos e estudos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário