Sejam bem vindos ao blog da Estação Ecológica de Arêdes ! Aqui Você acompanha o que acontece na Unidade de Conservação situada no município de Itabirito e ainda participa de vários assuntos voltados a importância de conservar o nosso patrimônio natural e histórico cultural.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Patrimônio Arqueológico e Reconversão Ambiental no C.A.R.A - parte 1

Ruína de Arêdes.


Conforme já mostrado aqui no blog, vários trabalhos vem sendo executados na Estação Ecológica de Arêdes, seja voltado a preservação ambiental ou do patrimônio histórico. Um destes trabalhos é o projeto de ‘Recuperação ou Reabilitação Ambiental das Antigas Cavas adjacentes ao Conjunto  Arqueológico de Arêdes’. Foi disponibilizado pela equipe responsável, um relatório parcial com o andamento dos trabalhos realizados até então.  Este relatório será divulgado em 3 partes, sendo que a primeira veremos a seguir.

AREDES – Patrimônio Arqueológico e Reconversão Ambiental- Itabirito, MG (Ano 1- 2013)

Alenice Baeta
Henrique Piló
 
1-APRESENTAÇÃO
 
As informações desta matéria foram extraídas do ‘Relatório Parcial sobre Patrimônio Arqueológico Aredes’ protocolado nos órgãos patrimoniais e Ministério Público Estadual em setembro de 2013.
O processo de reabilitação ambiental em Aredes está sendo desenvolvido pela SAFM Mineração baseando-se nos acordos estabelecidos com o Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (Autos/ACP 0319.03.014219-8 ;Ata de Reunião PAAF/024.09.0003514-8/MPMG, de 15/03/2013).
As áreas a serem recuperadas correspondem a três cavas que serão preenchidas, por sua vez, por estéril, objetivando a recuperação paisagística e valorização patrimonial dos conjuntos que compõem o sitio arqueológico Aredes[1]. Para tanto, várias ações e programas foram previstos, conforme indicado no projeto de referência, ‘Subsídios para Programa de Recuperação das Antigas Cavas adjacentes às Ruínas de Aredes-Patrimônio Arqueológico” elaborado pela Artefactto Consultoria em parceria com a  Senior Geologia e Mineração em Agosto de 2010 para a SAFM Mineração.
A equipe de arqueologia responsável em realizar e desenvolver o projeto supracitado desenvolveu os trabalhos de campo no sítio arqueológico Aredes, somente após emissão de ofício do Ministério Público Estadual autorizando a sua entrada na área (Ofício n. 833/2010-MPMG).
O relatório parcial (Artefactto,2013) mencionado buscou atender ainda as orientações do IPHAN de MG, encaminhado por meio do Oficio/GAB/IPHAN/MG n. 0135/2013, após vistoria de representantes desta instituição, a pedido do Ministério Público Estadual; além de atualizar informações sobre o andamento das atividades e programas. 
O Instituto Estadual de Florestas-IEF por meio de sua equipe responsável pelo gerenciamento da Unidade de Conservação Estação Ecológica de Aredes, vem acompanhando todas as atividades e programas desenvolvidos.   
 
 
2-PLANEJAMENTO GERAL - AÇÔES E PROGRAMAS
Com o objetivo de subsidiar a recuperação das antigas cavas onde se situa o sítio histórico-arqueológico Aredes, bem como sua valorização patrimonial e ambiental fazem-se necessárias a realização e prosseguimento das seguintes ações e programas, abaixo indicadas:
2.1- Formação e orientação 
Orientação e educação patrimonial periódica dos técnicos da área ambiental e demais equipes subcontratadas da SAFM envolvidas diretamente com as atividades de enchimento das cavas, tráfego de veículos, cercamento, sinalização, vigilância e capina em Aredes;
2.2- Segurança e proteção patrimonial
Orientação sobre segurança patrimonial e sistema de vigilância do sítio arqueológico Aredes;
2.3-  Monitoramento arqueológico:
. Orientação das atividades de cercamento, sinalização para tráfego e capina no sítio arqueológico Aredes;
. Acompanhamento periódico da ‘Recuperação e Reabilitação da Cava Oeste’;
. Acompanhamento periódico da ‘Recuperação e Reabilitação da Cava Norte’;
. Acompanhamento Periódico da ‘Recuperação e Reabilitação da Cava Sul’;
 
2.4- Integração das Equipes Arqueologia/Arquitetura e Comunicação Visual
.  Documentação e Registro Visual da Reabilitação Ambiental e Programas-Comunicação Visual;
.  Programa de Sinalização e Interpretação –Arquitetura, Arqueologia e História;
. Publicação e Divulgação Cientifica - Multidisciplinar;
 
2.5-Produtos Principais
Relatórios periódicos;
Programa de Sinalização e Interpretação;
Relatório Final;
Publicação Cientifica (esta última atividade/produto, ainda não encontra-se autorizado pela SAFM Mineração).
 
3- DESENVOLVIMENTO
Ações, Programas e Documentação Fotográfica[2]
3.1-Planejamento- Reuniões Técnicas
Periodicamente vem sendo realizadas reuniões ente as equipes de Arqueologia, Documentação Visual e Sinalização/Interpretação (Arquitetura) com representantes da SAFM Mineração e IEF visando nivelamento e  desenvolvimento dos programas e atividades previstas e necessárias para o pleno desenvolvimento do projeto.
3.2- Formação Patrimonial  / Orientações Cercamento e Sinalização
 
Foram realizadas atividades relativas à informação e formação patrimonial de todos os funcionários e técnicos envolvidos nas frentes de obra, funcionários da SAFM e equipes subcontratadas.  Quando novos funcionários são contratados ou incorporados as empreiteiras ou mesmo a SAFM, estes vêm participando de novas atividades educacionais e orientação patrimonial.


[1] Especificamente sobre o Plano de Reabilitação das Cavas, cf. SENIOR, 2010.
[2] A documentação fotografica aqui apresentada não se refere ao levantamento visual desenvolvido pela equipe Orange, destinada a divulgação cientifica e de cunho artístico, mas sim aos registros de campo da equipe de arqueologia. 
 
 
 
 
Imagem de clareira EEA.
 
 
 
 




sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A CACHOEIRA DO MEIO




Olá a todos mais uma vez! A cada nova vistoria na Estação Ecológica de Arêdes nós, da equipe, nos surpreendemos com novas descobertas no interior da UC; seja um vegetal endêmico ou até vestígios arqueológicos. Em uma das vistorias deste mês encontramos uma queda d'agua magnífica, que nós nomeamos como Cachoeira do Meio, pois ela se divide ao meio e sua localização também fica mais ou menos no centro da UC. As cachoeiras, quedas d’água, cascatas ou cataratas são formações geomorfológicas nas quais os cursos d’água correm por cima de uma rocha de composição resistente à erosão, formando uma súbita quebra na vertical. As cachoeiras tem grande importância para qualquer lugar, o primeiro é a imensidão de águas que jorradas do alto, além de se purificar, deixam qualquer local maravilhoso. São úteis também, caindo em forma de véu, para todas as pessoas que se encantam pela beleza das águas puras e também excelentes para banhos relaxantes e medicamentosos.




segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Novos Limites da Estação Ecológica de Arêdes


Imagem da Estação Ecológica de Arêdes 

De acordo com o DECRETO Nº 46 .322, DE 30 DE SETEMBRO DE 2013 a Estação Ecológica de Arêdes, criada pelo Decreto n° 45.397, de 14 de junho de 2010 teve seus limites alterados. Esta alteração refere-se às exigências necessárias para implantação do empreendimento Estrada Particular de Ligação Mina do Pico Mina de Fábrica da empresa Vale S/A. Tal ato foi possível devido a Lei nº 19.555, de 9 de agosto de 2011, referente a desafetação de uma área da UC para o referido empreendimento logístico. Lembrando que independente dos limites da área, é de grande importância a preservação e exploração sustentável de todo entorno da UC, pois são estas as áreas protegidas que existem na nossa região e que ficarão futuramente,  lembrando que cada vez mais ocorre a predominância dos empreendimentos minerários na área da Serra da Moeda, que de contrapartida, causam impactos intensos na natureza.  



Situação atual do empreendimento estrada de ligação mina do pico e mina de fábrica próximo aos limites da Estação Ecológica de Arêdes.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Posse do Conselho Consultivo Conjunto !

Imagem da Estação Ecológica de Arêdes (foto tirada dia 03/09/2013)
 
 
Olá a todos! Mais uma meta atingida em prol da conservação e muitos trabalhos pela frente, pois foi dado a posse do Conselho Consultivo Conjunto da Estação Ecológica de Arêdes e Monumento Natural Serra da Moeda. Um Conselho Consultivo tem a função de promover a integração das unidades de conservação com a sociedade e contribuir com o desenvolvimento sustentável da área do entorno. Integram os colegiados, além do IEF, representantes de prefeituras, bem como de órgãos e instituições estaduais, comunidade científica, organizações não governamentais (ONGs), sindicatos e comunidades do entorno das áreas. Os conselheiros tem mandato de dois anos.


Cerimônia de Posse do Conselho Consultivo Conjunto da Estação Ecológica de Arêdes e Monumento Natural Serra da Moeda

 No dia 12, em Itabirito, foi a vez dos 24 componentes do colegiado das duas unidades que compartilham funções. Esta é a primeira formação do Conselho Consultivo do Monumento Natural Serra da Moeda e da Estação Ecológica de Arêdes. De acordo com o gerente de Estação Ecológica de Arêdes, Luis Fernando Climaco, o conselho permite a participação social oferecendo condições para que cada integrante emita pareceres relacionados com a entidade que representa, auxiliando nas diretrizes para conservação das unidades. “A primeira missão dos conselheiros será a elaboração do regimento interno”, ressalta. O Monumento Natural e a Estação Ecológica de Arêdes fazem parte Serra da Moeda que se estende por 70 quilômetros ao longo das cidades de Nova Lima, Brumadinho, Itabirito, Belo Vale e Ouro Preto e está localizada na Cordilheira do Espinhaço. Com cerca de 1,7 mil metros de altitude, o maciço engloba bens de valor natural, arquitetônico, histórico e arqueológico, além de abrigar parte da história do ciclo do ouro em Minas Gerais assim como a região de Arêdes conforme já dito no Blog.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Pesquisa Histórico-Arqueológica - parte 1

Olá a todos novamente. Muitos trabalhos acontecendo na Estação Ecológica de Arêdes em prol da conservação da biodiversidade e patrimônio histórico-cultural. Aproveitando que tocamos no assunto é importante ressaltar que possuímos vários trabalhos de pesquisas relacionadas com meio ambiente e história na região de arêdes.
Um desses trabalhos foi o de Carlos Magno Guimarães, que realizou junto de sua equipe levantamento histórico-arqueológico onde iremos mostrar em partes os resultados obtidos.
 

Ruína de Arêdes


OS trabalhos de Prospecção Arqueológica realizados tiveram como objetivo identificar o potencial arqueológico do Complexo de Aredes. Realizada em áreas de ocorrência dos vestígios arqueológicos que integram o Complexo, a Prospecção ocorreu entre os meses de outubro de 2009 e fevereiro de 2010.
patrimônio arqueológico identificado nas áreas de mineração antiga (catas, canais, cortes no terreno, montes de rejeitos), além de vestígios de edificações, e outros associados ao sistema viário (muros de contenção e segmento de estrada cavaleira).

Área com grande número de vestígios arqueológicos


Canal, Áreas de Lavra, Montes de Rejeito, Sondagem e Curral.

A área de ocorrência do conjunto de vestígios é delimitada em um dos lados pelo
Ribeirão Aredes.
O início do canal está em uma vereda onde fazia a captação de água para
transportá-la à área de lavra. Possuía trechos com escoramentos de pedra e em pelo
menos três pontos havia captação complementar em ravinas. O canal possui uma
bifurcação com um trecho escorado de pedras em ambos os lados.
A área de lavra era muito extensa e possuía cortes simétricos no terreno, áreas
reviradas, montes de rejeito no interior e à margem das catas, além de uma
complexa rede de canais. Uma sondagem (escavação vertical) evidencia o objetivo
de localizar veios ou sedimento aluvional que fossem compensadores.
Parte das catas identificadas possuía trecho com inclinação moderada que permitia
a ligação entre a parte interna e a borda, para escoar o sedimento extraído.
Na área, havia ainda uma galeria que passava por baixo da estrada e terminava em
uma cava, sua saída foi construída com escoramento de pedras e recebem
intervenção recente com manilha hidráulica. A água passa pelo interior da cava e
segue até o ribeirão Aredes.
Também foi identificado um cercado de pedras, que aproveitava o piso natural
(lajeado) e correspondia a um curral.
Na extremidade sudoeste do conjunto, existe um brejo, onde certamente havia um
curso d’água no qual foram encontrados vestígios de contenção e áreas escavadas,
bem como uma edificação (recente).
 
 
 
 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Recuperação do C.A.R.A - Complexo Arqueológico das Ruínas de Arêdes

 
 
Imagem de ruína de Arêdes ( Foto tirada dia 25/06/2013 )
 
Olá a todos mais uma vez ! Já foi abordado algumas vezes aqui no blog a grande importância da preservação não só da biodiversidade, mas também a conservação do Patrimônio Histórico Cultural. Aqui foi mostrado também a reabilitação de áreas degradadas por empreendimentos minerários. Seguindo estes princípios que se referem a preservação ambiental e cultural, nós da equipe da Estação Ecológica de Arêdes estamos acompanhando a execução  dos trabalhos do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas na região do Complexo Arqueológico das Ruínas de Arêdes.
Antes de se tornar parte da Unidade de Conservação as ruínas de Arêdes e seu entorno sofreram com a exploração minerária pois além dos impactos inevitáveis dos processos da mineração que alterou a topografia local com as cavas ao redor das ruínas, algumas de suas estruturas foram utilizadas como alojamento para funcionários do empreendimento.
Atualmente os trabalhos de recuperação do Complexo Arqueológico das Ruínas de Arêdes caracterizam-se na reabilitação da topografia assim sendo feito o preenchimento das cavas, que após preenchidas deverão ser revegetadas. As ruínas foram devidamente cercadas e foi feito roçada nas ruínas próximo as cavas a serem preenchidas para melhor visualização, visando a conservação e proteção do nosso Patrimônio Histórica Cultural e é claro da Biodiversidade que na região de Arêdes se mostra cada dia mais rica.
 
 
 
 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Curso para Brigada Voluntária fortalece a preservação de Unidades de Conservação


Curso para Brigada Voluntária EEA
  Com a chegada do período seco e o aumento do risco de incêndio, o Instituto Estadual de Florestas  intensifica as ações de vigilância, monitoramento e combate a incêndios florestais no Estado.
Como forma de reduzir os prejuízos ambientais e econômicos causados pelos incêndios e garantir a preservação da biodiversidade, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), por meio do Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio) capacita voluntários nas diversas regiões do Estado para a formação de brigadas. 

Curso para Brigada Voluntária EEA.

 
 
 

Do dia 4 a 7 deste mês, foi realizado o 1º curso de formação de Brigada Voluntária de Combate a Incêndios Florestais da Estação Ecológica de Arêdes, no município de Itabirito. Além da equipe da Estação Ecológica, também participaram do curso, servidores do Monumento Natural Serra da Moeda, o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de Itabirito, e brigadistas da empresa VDL.

 
 
O curso foi realizado pelo PREVINCÊNDIO com parceria do IEF e apoio da Prefeitura Municipal onde os participantes aprenderam o que é o fogo, seus mecanismos de propagação e as principais causas e tipos de incêndios florestais. No último dia de treinamento o grupo realizou uma simulação, na prática, de um incêndio florestal e aprendeu algumas estratégias de combate, segurança nas operações e no embarque e desembarque nos helicópteros. Lembrando que a simulação foi feita fora dos perímetros da Estação ecológica de Arêdes, mas sim aconteceu em uma área preparada para tal prática.



 Grande parte dos incêndios nas Unidades de Conservação ocorrem devido a práticas inadequadas de renovação de pastagens, através do fogo. Por isso é fundamental que exista sensibilização de todos quanto à importância das Unidades de Conservação.

 


 
O incêndio ocorre onde a prevenção falha !

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Conhecendo um pouco sobre a arqueologia em nossa região

  
Imagem de ruína em arêdes.

Através da Arqueologia, ciência responsável pelo estudo do passado por meio de vestígios materiais, é possível identificar e analisar objetos de civilizações da antiguidade, proporcionando informações sobre sua cultura e o seu modo de vida. No Brasil a área de atuação é restrita, os investimentos em pesquisas na área ainda são poucos, a demanda esta concentrada nas instituições ou empresas privadas que de alguma forma acabam sendo ligadas à restauração ou preservação do patrimônio histórico e cultural.
 Quando empresas de grande porte  tem uma certa necessidade de criar empreendimentos que podem colocar em risco artefatos, ruínas e até sítios arqueológicos, se veem na obrigação de contratar empresas e profissionais da área para atuar nos chamados resgates que muitas das vezes são de informações tendo em vista que nem sempre é possível deixar de suprimir a parte física preservada.



Imagem de ruína em arêdes.

Imagem de ruína em arêdes.
Como já  foi dito anteriormente na Estação Ecológica de Arêdes é possível encontrar vários fragmentos de ruínas da época do início da mineração na região, além disso é possível encontrar vários vestígios de estruturas também ao entorno da estação.  

Imagem da Estação Ecológica de Arêdes. ( foto tirada dia 06 de maio de 2013 ).

"Há suficiente no mundo para toda a necessidade humana, não há o suficiente no mundo para a cobiça humana"
Mahatma Ghandi




  

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Incêndios florestais, prevenir e combater !



 As queimadas e os incêndios florestais estão entre os principais problemas ambientais enfrentados pelo Brasil.  As queimadas e incêndios florestais causam prejuízos econômicos e sociais e aceleram os processos de desertificação, desflorestamento e de perda da biodiversidade. Além disso ass emissões resultantes da queima de biomassa vegetal colocam o país entre os principais responsáveis pelo aumento dos gases de efeito estufa do planeta e assim contribuir com o aquecimento global e as mudanças climáticas, Este problema foi identificado na década de 80, quando as mídias nacionais e internacionais tornaram públicos os dados alarmantes de focos de calor observados. O fato evidenciou a ausência de estrutura governamental organizada para implementar ações de prevenção e combate aos incêndios florestais e exigiu do Governo uma resposta a este problema. Existe hoje o Programa de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Previncêndio) que é responsável pelas ações de prevenção, controle e combate aos incêndios florestais, atividades pelas quais o IEF é a instituição responsável em Minas Gerais conforme estabelecido pela Lei Estadual 10.312/90, pelo Decreto 39792/98 e pela Lei delegada 29/03. 


 O trabalho é executado em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar e a Polícia Militar de Minas Gerais, especialmente o Comando de Rádiopatrulhamento Aéreo (Corpaer), através de um convênio firmado entre as duas instituições em 1993. O Previncêndio possui diversas ações efetivas para prevenção e combate a incêndios florestais, principalmente no entorno das unidades de conservação, das áreas de preservação permanente e de grande interesse ecológico.
Além do efetivo trabalho de combate aos incêndios florestais, que acontece principalmente entre os meses de maio e novembro (período mais seco do ano), o Previncêndio realiza campanhas educativas, especialmente junto às comunidades que vivem no entorno de unidades de conservação, sobre o uso correto do fogo. A Força-Tarefa Previncêndio está baseada no Aeroporto Municipal de Curvelo, escolhido por se localizar no centro geográfico do Estado, permitindo que as equipes cheguem a qualquer local do Estado em até duas horas. Em Januária e em Viçosa localizam-se as sub-bases do Previncêndio.
 Na Base Operacional estão reunidos pessoal, equipamentos e infra-estrutura adequados para vigilância, monitoramento e combate a incêndios florestais no período crítico do ano (período seco).
 A Força Tarefa Previncêndio é coordenada pelo IEF em parceria com a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar, a Polícia Civil, a Coordenadoria de Defesa Civil,  a Prefeitura Municipal de Curvelo, e parceiros privados que constituem a Força Tarefa.


A base tem um sistema de recepção de focos de calor via satélite e a central do telefone 0800 para informes de incêndios florestais. Abriga ainda veículos adaptados para combate a incêndios, caminhão especial para abastecimento de aviões, aviões Air-Tractor para combate ao fogo, helicópteros e aeronave de transporte de pessoal, equipamento, e monitoramento.
 A Força Tarefa conta também com o apoio dos servidores e de brigadistas voluntários treinados por todo o Estado. A equipe da Força Tarefa está de prontidão 24 horas por dia para atendimento às ocorrências e denúncias através do telefone 0800 28 32323. Durante o período de chuva, a base de Curvelo é utilizada como centro de treinamento para as equipes de brigadistas e de técnicos que atuam nesta área em Minas Gerais. As brigadas são compostas por voluntários que querem ser parceiros na proteção dos recursos naturais do Estado. Elas atuam como complemento importante ao trabalho executado pelos funcionários das unidades de conservação e do Corpo de Bombeiros. 
 Os cursos de treinamento de brigadistas são feitos com turmas de 20 pessoas e realizados na própria região da unidade de conservação. Apresentam técnicas de combate aos incêndios e noções das formas de propagação do fogo. Os brigadistas aprendem como definir a coordenação do combate ao fogo, como reconhecer o local do incêndio e métodos de combate às chamas. Prefeituras municipais, condomínios e empresas no entorno das unidades também são contatadas para formarem suas brigadas e atuam em conjunto com o IEF.

Imagem da Estação Ecológica de Arêdes ( foto tirada dia 17/04/2013 )




sexta-feira, 22 de março de 2013

Dia 21 e 22 de Março, dia mundial da floresta e da água

Ontém, quinta-feira (21) comemorou-se o Dia Mundial das Florestas, e é sempre bom lembrar  o porque de sua importância para a vida do planeta. 
As florestas variam de acordo com o clima, a região, o solo e a água, além das próprias espécies animais e vegetais ali encontradas. São importantes para a manutenção da vida na  terra, pois ocupam 30% da superfície terrestre.
 É importante preservar as florestas, pois as mesmas servem de abrigo para os animais, protegem o solo de erosões, favorecem a procriação de espécies animais aquáticas, acumulam substâncias orgânicas e dão muito mais qualidade de vida ao ser humano, e ainda existem florestas que são plantadas pelo homem, o que é uma ótima iniciativa para garantir a produção de determinado tipo de madeira. Esse tipo de plantação pode ajudar a manter o equilíbrio ecológico, porém não podemos desconsiderar o tempo necessário para que uma espécie se torne adulta e também no período de colheita.

Imagem de floresta plantada ( Eucalípto ) próximo a EEA
 Hoje comemoramos o Dia Mundial da Água, um dos bens mais preciosos existentes da natureza. Todos os seres vivos necessitam de água para sobreviver, porém mesmo sabendo disso o ser humano continua desperdiçando-a. 
  As florestas e águas trabalham em conjunto para manter o equilíbrio do planeta, e para entender melhor vamos a uma breve explicação do ciclo da água nas florestas:  
 A água de chuva que se precipita sobre uma mata, pode seguir  dois caminhos: volta à atmosfera por evapotranspiração ou atinge o solo. Na floresta, a interceptação da água acima do solo garante a formação de novas massas atmosféricas úmidas, enquanto a precipitação interna, através dos pingos de água que atravessam a copa e o escoamento pelo tronco, atingem o solo e o seu folhedo. De toda a água que chega ao solo, uma parte tem escoamento superficial, chegando de alguma forma aos cursos d’água ou aos reservatórios de superfície. A outra parte sofre armazenamento temporário por infiltração no solo, podendo ser liberada para a atmosfera através da evapotranspiração, manter-se como água no solo por mais algum tempo ou percolar como água subterrânea. De qualquer forma, a água armazenada no solo que não for evapotranspirada, termina por escoar da floresta, compondo o chamado deflúvio, que alimenta os mananciais hídricos e possibilita os seus usos múltiplos.


Imagem do córrego do Arêdes


Para comemorar as datas de grande importância, para a conscientização da preservação da biodiversidade, a equipe da Estação Ecológica de Arêdes juntamente com o IEF - Agência Avançada Itabirito , e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente realizaram atividades de educação ambiental com as escolas Professor Tiburcio ( 2ª e 4ª série) e Laura Queiroz Júnior ( 5ª série ). Os alunos tiveram palestras sobre o dia da floresta e da água, sobre a Estação Ecológica de Arêdes, e ainda uma oficina onde aprenderam como reutilizar o óleo de cozinha fazendo sabão. Seguem algumas imagens :









" A água de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba "
Guimarães Rosa.







segunda-feira, 18 de março de 2013

Alguns impactos gerados por atividades esportivas de aventura



Imagem da Estação Ecológica de Arêdes
 O aumento gradativo da busca de atividades esportivas e de aventura em ambientes naturais apresentam possíveis impactos resultantes da prática de atividades na natureza, onde é possível verificar que, apesar de algumas modalidades possuírem grau de intensidade baixo, todas causam algum tipo de impacto ambiental.
 Na Estação Ecológica de Arêdes mais precisamente na região denominada Fazenda Valentim existe uma certa frequência de práticas de OffRoad (Rally) e o Motocross (Enduro e trilhas) que estão entre as práticas esportivas na natureza causadoras de maiores impactos, destacando-se entre eles:

  •  Impacto na paisagem pela abertura e utilização de trilhas, inclusive em áreas de preservação permanente;
  •  Erosão e compactação do solo;
  •  Assoreamento de córregos e nascentes;
  •  Alteração e destruição da vegetação e de habitat de animais;
  •  Poluição: barulho, lixo, emissão de gases e petróleo (combustível);

Imagem da Estação ecológica de Arêdes


Imagem de erosão próximo a EEA